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No último dia 03 realizamos um webinar com a parceria da Kaspersky, abordando um tema bastante atual: Neurociência e os vícios da tecnologia.

Nossa consultora sênior, Roberta Ferreira, fez a abertura dando a palavra a doutora  Nathalie Gudayol, Psicóloga e Neurotrainer, que nos fez perceber, durante a apresentação, que estamos cada vez mais conectados e que a pandemia só acelerou um processo de virtualização que já iria acontecer.

Discutimos sobre os pontos positivos e negativos desse novo cenário, não deixando de destacar a importância do equilíbrio, pois apesar de muitos se habituarem com a utilização contínua das tecnologias, podemos afirmar que não é saudável para o ser humano estar 24 horas por dia conectado, e que esses hábitos podem levar ao vício.

A doutora iniciou a palestra falando sobre as implicações do uso da tecnologia para o nosso cérebro, segundo ela “a tecnologia altera a expressão criativa do homem, modificando sua forma de adquirir conhecimento e, consequentemente, interferindo em sua cognição, que é responsável pela a aquisição de conhecimento e pelos processos de aprendizagem”.

O vício tecnológico vem sendo um tópico abordado por muitas empresas, inclusive a Netflix lançou recentemente um filme chamado “O Dilema das Redes Sociais”, que mostra o cotidiano de uma família e como é o comportamento dos jovens com as redes sociais e como se tornam “viciados” no uso do celular, incapazes de se desconectarem.

Segundo a doutora, esse comportamento está relacionado aos neurotransmissores que estão ligados ao sistema de recompensa do nosso cérebro, que são ativados quando utilizamos o celular e recebemos uma notificação ou conseguimos realizar uma tarefa mais rápido etc.

“Quando aparece uma notificação no celular, a retina usa suas células para identificar o movimento, nos fazendo olhar. Se for algo que nos interessa, recebemos uma injeção rápida de neurotransmissores como Dopamina e Serotonina, que são responsáveis pela sensação de bem-estar.”

Antes da aparição das tecnologias, usávamos muito mais a memória. Ainda que tivéssemos a possibilidade de escrever, não tínhamos acesso a informações com a facilidade atual. Dessa forma, era mais comum a memorização de rotas, números telefônicos, datas e eventos. Hoje quase não conseguimos decorar nosso próprio número de celular, pois este está gravado no aparelho.

Porém, o uso da tecnologia não é completamente ruim, destacamos alguns pontos positivos e negativos discutidos durante a palestra:

Positivos:

  • 1 – Facilidade no acesso de informações;
  • 2 – Novas formas de pensar e agir;
  • 3 – Ganhos de agilidade e performance;

Negativos:

  • 1 – Declínio na utilização da Memória;
  • 2 – Sequestro Atencional;
  • 3 – Dependência Tecnológica;

Apesar de ter diversos pontos positivos, o uso excessivo da tecnologia pode levar ao vício. A Associação Psicológica Americana incluiu a dependência de jogos e de internet no apêndice do DSM-V, o que aumenta a legitimidade clínica do transtorno e favorece o entendimento científico da natureza dessa dependência. Com base no DSM-V33, foram desenvolvidos oito critérios para diagnosticar a dependência de internet, a saber:

  • 1- Preocupação excessiva com a internet.
  • 2- Necessidade de aumentar o tempo conectado (online).
  • 3- Presença de irritabilidade e/ou depressão.
  • 4- Exibir esforços repetidos para diminuir o tempo de uso de internet.
  • 5- Quando o uso de internet é reduzido apresenta falta de controle emocional.
  • 6- Permanecer mais conectado do que o planejado.
  • 7- Trabalho e relações sociais em risco pelo uso excessivo da tecnologia.
  • 8- Mentir aos outros a respeito de quantidade de horas on-line.

Podemos identificar que o uso de tecnologias está em desequilíbrio quando se percebe que as outras áreas da vida (profissional, social e afetiva) estão prejudicadas. Por exemplo, usar indevidamente o computador do trabalho para jogar, assistir vídeos ou filmes, ouvir músicas durante todo o dia e não se desligar, evitando assim, os compromissos e encontros com a família e/ou amigos.

Para finalizar a palestra, a dra. Natalie deixou algumas dicas para evitar o uso contínuo e, consequentemente, o vício:

1 – Não use telas duas horas antes de dormir

A exposição à luz azul, presente na tela do seu celular e tablet, representa uma séria ameaça aos neurônios retinais e inibe a secreção de melatonina, um hormônio que influencia os ritmos cardíacos e o sono.

2 – Neste período de quarentena, busque aumentar suas fontes de prazer com a prática de atividade física ou desenvolvendo habilidades novas. Existe vida fora da internet, explore-a mais!

3 – Passe mais tempo na natureza

Passar o tempo na natureza tem impactos positivos na saúde física, como redução da hipertensão e doenças respiratórias e cardiovasculares, além de melhora do humor e redução da ansiedade.

Conclusão

Concluímos que, apesar da constante evolução, devemos ter um equilíbrio. E, nós da MD Systems e da Kaspersky, nos preocupamos com o bem estar de nossos clientes e funcionários, portanto trouxemos uma profissional para dar dicas e alertar sobre os riscos. O conteúdo pode ser utilizado tanto para eles quanto para os seus familiares!